Éditeur, commentateur, traducteur d’Érasme et de More, C. Miller s’est particulièrement illustré dans ses travaux sur l’Encomium Moriae et dans sa traduction des poèmes de l’humaniste hollandais. Attentif aux “métamorphoses” de la Moria, il a étudié avec une rigueur extrême les diverses éditions de ce texte fameux, en tenant compte notamment du commentaire de Listrius, pour donner en 1979 une excellente traduction de The Praise of Folly et une non moins excellente édition critique de ce texte. Plus récemment, s’attaquant avec (...) Harry Vredeveld aux poèmes d’Érasme—Vredeveld est l’éditeur des Carmina dans l’édition critique d’Amsterdam—il en fournit la première traduction complète en langue anglaise, sans chercher à opposer aux différents mètres latins les équivalents approximatifs d’ une métrique anglaise: mais c’est une prose poétique, d’une parfaite rigueur, brillante—souvent plus brillante que le modèle latin—, attentive aux nuances subtiles de l’affectivité d’Érasme comme à ses variations d’humeur, passant du grave au mélancolique, ou du dévotieux à l’humoristique selon la couleur du temps, le thème choisi, le destinataire, l’étiage psychique du poeta orator. (shrink)

In his stunning essay, Coldness and Cruelty, Gilles Deleuze provides a rigorous and informed philosophical examination of the work of the late 19th-century German novelist Leopold von Sacher-Masoch. Deleuze's essay, certainly the most profound study yet produced on the relations between sadism and masochism, seeks to develop and explain Masoch's "peculiar way of 'desexualizing' love while at the same time sexualizing the entire history of humanity." He shows that masochism is something far more subtle and complex than the enjoyment of (...) pain, that masochism has nothing to do with sadism; their worlds do not communicate, just as the genius of those who created them - Masoch and Sade - lie stylistically, philosophically, and politically poles a part.Venus in Furs, the most famous of all of Masoch's novels was written in 1870 and belongs to an unfinished cycle of works that Masoch entitled The Heritage of Cain. The cycle was to treat a series of themes including love, war, and death. The present work is about love. Although the entire constellation of symbols that has come to characterize the masochistic syndrome can be found here - fetishes, whips, disguises, fur-clad women, contracts, humiliations, punishment, and always the volatile presence of a terrible coldness - these do not eclipse the singular power of Masoch's eroticism. (shrink)

When examining the great number of documents connected with the political constellation of the years 1510-1513, we discover in France two strongly opposite views regarding the personality and policy of Pope Julius II: “conciliarist” and “papalist” theories. These foster a climate of latent war, especially as Louis XII’s policies – both at home and abroad – were unanimously condemned, even by the loyal Bude. Among the pamphlets of that time echoing this double crisis, this article presents French and Gallican poet (...) Pierre Gringore’s satirical work: the Chasse du Cerf des serfs – a play upon the Latin words, servus servorum Dei, as popes called themselves for humility –. This essay also refers to Erasmus’s Latin dialogue, Julius exclusus a coelis, a dramatic work proving skillfully rhetorical and vengefully ironical against this “warlike pope.”. (shrink)

Neste artigo eu defendo que o conhecimento de proposições filosóficas pode e deve desempenhar o papel de ideal regulador das aulas de Filosofia no Ensino Médio. Grosso modo, penso haver dois tipos de conhecimento pressupostos nas aulas de Filosofia no Ensino Médio: o primeiro, que, por conveniência, chamarei de conhecimento filosófico disposicional, e o segundo, o conhecimento filosófico proposicional. O primeiro consiste naquele conhecimento que leva em conta apenas certas habilidades filosóficas de identificação de teses, de identificação e análise de (...) argumentos etc. O segundo envolve a garantia da verdade de uma proposição filosófica via justificação. Argumento que o conhecimento filosófico disposicional, embora seja um pressuposto epistemológico suficiente a ser tomado para a confecção de uma aula de Filosofia no Ensino Médio, não é necessário. Isso porque esse tipo de conhecimento não desempenha satisfatoriamente a função de objetivo último das aulas de Filosofia, se considerarmos uma característica fundamental da Filosofia: qual seja, aquela atividade que, através de seus autores, possui enquanto objetivo último obter conhecimento de certas proposições filosóficas. Além disso, argumento que o primeiro tipo de conhecimento é adequadamente desenvolvido somente se regulado por um ideal de conhecimento do segundo tipo. Assim considerado, além de fazermos, de fato, a Filosofia presente na sala de aula, tendemos a ter ganhos consideráveis para a postura dos alunos frente às questões filosóficas fundamentais. (shrink)